terça-feira, 17 de novembro de 2009

Brave Heart - 13





Não é que eu seja exatamente um modelo de coragem. Que Valente não nos ouça, mas eu diria até que estou bem longe, quilometricamente longe, disto.
Tem duas coisas que eu particularmente me pélo de medo: agulha e hospital. Prefiro mil vezes atravessar uma rua escura à meia noite do que fazer exame de sangue ou me internar em hospital. E os próximos dias prometiam ser pródigos nestas oportunidades.
Foi aí que, brincando com Tomás, eu enxerguei a solução.
O caminho era simples e Tomás o executava com maestria. Toda vez que a gente estava brincando e eu acuava Tomás em um canto, ele cobria seu rosto com um paninho ou fechava os olhos. Pronto.
Ficava invisível.
Ou desaparecia, sei lá. Mas não falhava nunca. Tanto que quando eu o pegava, não valia. Tomás não estava ali...
Eureka!
Era só levar a tecnologia comigo.
O resultado é que eu não conheci nenhuma das salas de cirurgias por onde passei. Toda vez que eu ia entrar, fechava os olhos ainda no corredor e lá ia eu, com Tomás ao meu lado, me acalmando. O legal é que não falhava uma. Tira rim, põe cateter, põe fístula, tira sangue... Chegava agulha perto de mim, era só fechar o olho e o problema estava resolvido.
Tomás, te devo mais esta!

4 comentários:

Luizim disse...

Esqueceu de citar seu medo por tubarões :P

PC disse...

Não tenho mais.
Com o cateter, não posso entrar nem em banheira.
Ficou tranks

Mídia na Rede disse...

Mas pode ver filme de terror. ou não, já que vc também tem medo. rsrsrsrsrs

Beijos

PC disse...

Difícil é ver o filme de olho fechado...
Mas, tirando isto, é tranqs