segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Édipo Rei - 195


                     
Diogo anda se derretendo por causa de Tomás.  Qualquer coisa, o menino quer meu papai, minha mamãe.  E, claro, me deixa me roendo de ciúmes.  Quando Tomás está dormindo aqui em casa, sempre me pergunta:
-  Cadê meu papai?  E minha mamãe?
Eu custo a me conter de vontade de dizer, bem alto, pro mundo ouvir:
-  Ó eu aqui, menino.  Quer mais o que?
        
No Meu Sítio, é a maior chatura.  Qualque coisa que eu invente, Tomás me interrompe:
-  É o meu papai que vai fazer isto, ele diz.  Diogo, com uma crueldade infinda, olha pra mim, com um leve esgar lhe emoldurando a face (cínica, diga-se de passagem) e resmunga, de uma forma que só eu possa lhe ouvir:
-  Liga não, pai.  O menino se relaciona mal com você...
E sai, às gargalhadas.
               
A vingança não é, de forma nenhuma, um sentimento digno.  Mas confesso que gostei bem quando ela veio.  Diogo estava passeando com Tomás na porta de casa, puro mel com o menino.  E era eu te amo pra cá, papai te ama pra lá, e você é lindo, blábláblá quando Diogo arrisca:
-  Você gosta da mamãe até onde, Tomás?
Tomás pensa, regateia pra responder e acaba falando:
-  Até o céu, papai.
                    
No embalo, Diogo pega uma carona no momento e rebate:
-  E do papai, lindo, você gosta até onde?
Tomás segue a mesma liturgia, pensa e responde (espero eu que com a mesma cara de quando Diogo me sacaneia):
-  Até o alto daquela árvore.
E ri, diante da cara de surpresa que o pai lhe faz.
          
Fico todo feliz quando vejo o Diogo brincando comigo, e agora o Tomás com ele, com a segurança de quem ama e se sabe amado.
            
Como a Jo me dizia, acho que eu fiz um great job.


sábado, 26 de novembro de 2011

Edição Extra 106 - Caminhada pela Vida


             
Diogo foi quem primeiro havia me aplicado no Rogério Fernandes.  As obras dele são tão singulares que nem precisava assinar.  São meio que a cara de Belo Horizonte.  Você passa no prédio do Grupo Corpo e o dedo do Róger está lá.  No Espaço Cultural 104, na Praça da Estação, de novo o Róger.  No Restaurante Trindade, com a maior suavidade do mundo, Róger lascou sua digital.  Sem contar a parceria que ele e Maurilo desenvolvem há anos, nos livros infantis que meu pasteleiro predileto escreve.
              
Uma outra coisa que é a cara de Belo Horizonte é o Instituto Mário Penna.  Há muito tempo que o velho dr. João Rezende criou este projeto exclusivamente voltado para o tratamento de pacientes carentes cancerosos.  O diabo já fez de tudo pra acabar com o sonho do dr. João, mas ele só fica mais bacana.
                  
A última inventação de moda é o Dia Nacional de Combate ao Câncer, uma parceria que vai juntar o Instituto Mário Penna e o Rogério Fernandes.  Vai ser amanhã, 27 de novembro, e promete ser um marco na luta contra o câncer em Belo Horizonte.  Vale a pena você dar um jeito de estar presente.
                  
Começa às 08:00 da manhã com uma caminhada na Praça da Estação.  A primeira providência é você correr no site do Mário Penna e comprar sua camiseta, edição limitada, desenhada pelo Rogério Fernandes.  A camiseta tá linda, mas não tem meu número.  Paciência.  Compra uma pra você.
A caminhada vai até a Praça Floriano Peixoto (aquela onde a gente realizou o V Nefrowalker).
                        
Na praça, o pessoal do Mário Penna criou o Espaço Saúde, onde os profissionais do Mário Penna estarão disponíveis para oferecer orientações sobre a prevenção de vários tipos de cânceres, aferição de pressão e controle de glicemia.
Abre o olho porque a camiseta vai ser uma espécie de abada.  No site você pode comprar com seu cartão de crédito, pelo PagSeguro, e retirar a sua amanhã na Praça da Estação, antes da caminhada.
                         
E, pra fechar com chave de ouro, um jantar e leilão beneficiente em prol da vida.  Deixa de ser mão de vaca e aparece lá pra dar uma força.  Você pode pedir mais informações pelos telefones (tudo 31) 3330-9137 / 3330-9106 ou pelo celular 8792-2775.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Edição Extra 105 - Movember: Pela Causa


                   
Acabou que todo mundo aqui em casa embarcou no apoio ao Movember.  São três gerações dispostas a um compromisso com a saúde do homem.  Ninguém muito orgulhoso com o resultado mas gostando muito com o tanto de gente curiosa com os motivos que nos fizeram deixar o bigode[1] crescer.
               
Diogo já tentou abandonar o barco, dizendo que ele ficou ridículo.  Mas eu joguei duro.  Solidário, ele vai fazer força pra ficar até dia 30.  Acho legal a coisa estar ainda no começo por aqui.  Mas o assunto está começando a repercutir.  Elisa Leite, minha irmã, ouviu Dimenstein falando sobre o assunto na CBN (você pode escutar a entrevista aqui).
                    
Fico torcendo pra ver o dia em que este movimento vai virar tão comum como o Outubro Rosa.  E cada vez a gente vai ter mais meninos fazendo seus exames preventivos para erradicar o câncer na próstata e nos testículos.
            
Obrigado, Tomás, pelo apoio precoce.

                  

ps:  Conforme prometido, a foto vai pro Bernardo, meu filho suíço, que nos aplicou na onda mas que afinou e não evoluiu no compromisso.  Ano que vem ele não amarela.



[1] Experimenta de novo usar a caixa de pesquisa no alto à direita e coloca Movember lá.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Série Turismo para gente especial 01


              
Tinha algum tempo que eu vinha provocando Edmundo, coordenador do Turismo da PUC, pra ele me chamar pra falar com os alunos dele.  Eu já havia dado aula de Eventos Turísticos lá e sempre fico com vontade de colocar meu pé de novo na sala de aula.  Foi daí que num dia de alguma coisa do Turismo (panamericano, brasileiro, mundial, sei lá) que Edmundo me convidou pra trocar idéia  com o povo dele.
       
Reboquei Laurinha Martins (da Cadeira Voadora) e lá fomos nós dois, propondo pros alunos um desafio.  A gente era rico e queria comprar produtos turísticos.  Qualquer coisa.  Evento, viagem, festa, o que fosse.  “Com essa provocação, queríamos chamar a atenção da turma para o fato de que existe um público com deficiência que tem poder aquisitivo e vontade de sair de casa, mas não faz isso por insegurança e medo. Essas pessoas certamente estariam viajando e participando de eventos, desde que contassem com uma estrutura adequada às suas limitações”.[1]
                 
Curioso foi que a primeira resposta estava focada na cadeira de rodas da Laurinha.  Como uma penetrante facada no meu narcisismo, ninguém nem deu bola pra mim.  E acabou que todo mundo só pensava nas dificuldades evidentes e acabaram sem propor nada de concreto.  A gente ia ter que ficar em casa...
                  
Ocorre que Laurinha parece que tem fogo no rabo.  Viaja o mundo inteiro (e nada de figura de linguagem.  É o mundo inteiro mesmo) com sua cadeira a tira colo.  Acabou contando as viagens e os riscos que ela assume e como, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, ela acaba sempre conseguindo alternativas fabulosas em suas viagens.
                        
Por causa deste atrevimento dela, acabou me dando esta idéia pra a série, onde eu vou relatar as dicas aprendidas meio que na porrada, agora que eu tenho que me adaptar à vida da hemodiálise.
                            
Pra quem quiser embarcar comigo, bon voyage!
                   

ps:  nossa “aula-desafio” rendeu até uma entrevista da Laurinha na CBN aqui.

                    

[1]  Chupado, na maior, do blog da Laurinha

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Edição Extra 104 - Repeteco no Brechó



                  
Outro dia nós inventamos moda com o Bazar do Desapego e o resultado foi uma generosidade de todo tamanho.  Ganhamos doações de todo jeito, ganhamos gente ajudando na organização, ganhamos doações e, sobretudo, ganhamos muita gente indo lá só pra apoiar o movimento. 

(Aproveita e aprende a usar a caixa de pesquisa do blog e escreve ali no alto, à direita: Desapego.   Vai ver a quantidade de posts sobre o Bazar que já rolou aqui)
              
Mas daí, continuando a falar sobre solidariedade, a gente ganhou tanta coisa que acabou não conseguindo vender tudo no dia.  Como resultado, o povo dos Voluntários FDC resolveu encampar a ação e vai acontecer mais uma edição do Brechó da Solidariedade.
             
Tá cheio de coisa nova que ganhamos agora com coisas que a gente não vendeu no último Bazar.  Vai ter roupa, brinquedo, utensílios domésticos, a maior festa.
O resultado agora vai para o Lar Tereza de Jesus e a Associação Ponto Cultural.
          
Caso você tenha alguma coisa em bom estado que queira contribuir, pode levar até amanhã na Bernardo Monteiro, 3071 e deixar com Stela, nosso anjo da guarda de plantão.
Rijane emprestou a casa, de novo, e Valéria Hudson está enfoguetando o povo todo, outra vez. 

Agora, bombar mesmo vai ser no sábado, 26 de novembro, na Rua Abre Campo, 290, de 09:30 às 17:30.  Você sobe Paulo Afonso toda vida e vira à direita, quando chegar na Abre Campo.  Se achou confuso, vai pelo mapa aqui.



Aproveita que depois desta, só ano que vem.




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Edição Extra 103 - Marcelo, de novo



Lisa, minha do meio, adora me escrachar.  Sabedora da minha paixão pelo Marcelo Xavier, ela sempre apresenta o cara pros amigos dela assim (quando estou com ele):
-  Esse aqui é o namorado do meu pai!
Até hoje ela não entende como ele desligou o telefone na minha cara, quando contei pra ele do meu câncer.
                  
Sábado, eu no Meu Sítio, rolou aqui, no Belas Artes Liberdade[1] curta que Philipe Ratton fez sobre ele.  Parece que vai ser lançado em DVD.  Na matéria sobre o lançamento do vídeo, todo mundo fala sobre o quanto Marcelo tem coisa a se conhecer.  Mesmo a gente, irmão dele há anos, fica sempre surpreso quando ele desvela um pedaço que estava guardado, até então.
Eu mesmo fiquei estupefato quando ele lançou o livro de poemas.  De todos, Cautela me encantou mais.  É assim:
                     
Vou com a vida
como menino quando sai com a mãe:
corre na frente, se distrai,
inventa histórias, toca as coisas,
fica corajosa, se distancia
mas para sempre, virando-se
para vê-la estar por perto.
              
Semana passada foi Bebeto, irmão dele de Campinas, quem pegou Marcelo de surpresa.  Mandou pra ele este poema, que eu e mais um punhado de amigos nossos assinamos junto, de carona.
                                             
Meu pecado Capital
          
Invejo sua sensibilidade
Invejo sua arte
Invejo suas amizades
Invejo sua ausência de raiva
Invejo sua alegria de viver
Invejo seu amor e admiração pelas coisas simples
Invejo sua proximidade de Deus, por ser artista
Invejo o seu amor à luz e às cores
Invejo sua falta de temor às trevas
Invejo seu jeito de cativar
Invejo sua falta de soberba
Invejo a humildade de sua alma,
Quando nascer de novo, quero ser você, Marcelo!  

Nós também, Bebeto.
Morri de inveja...



[1]  A foto foi da matéria do Estado de Minas

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Edição Extra 102 - 18 de novembro é o Moustache Day, meninas



Quando eu estou achando que o Movember tinha se exaurido, que não tinha mais o que inventar, eles aparecem com esta história, que reforça e consolida minha idéia de que o movimento merece um estudo de caso de marketing promocional.
Depois da coisa feita, você até acha lógico e concorda com eles.  Mas o desabrochar da solução é que é uma delícia de ser acompanhado.
                   
O desafio era simples.  Uma vez que o público alvo primário, os homens, estava muito bem coberto, era preciso uma estratégia de mobilização para os outros 50% do mercado:  as mulheres.
A grande questão que se colocava era de que maneira elas poderiam ajudar no Movember.
                  
Baita desafio, já que, nem com o intuito de mobilização popular, se teria coragem de propor que as meninas deixassem seus bigodes se espalhando por estas boquinhas que a gente gosta tanto.
                     
Muito clara e sem a menor sutileza, a proposta, é descarada.  Os caras lançaram o dia 18 de novembro como o Moustache Day, recomendando que as meninas façam sexo com homens de bigode. 
E tem uma lourinha debochada que escracha logo, de vez, com um comentariozinho safado:
- Isto não quer dizer que você seja uma vagaba.  It’s for charity!
                    
Na sequência, o balde é chutado definitivamente.  As meninas do filme evoluem para uma descoberta intrigante, quando se dão conta que podem ser incorporadas ao movimento do bigode.  Eu, que não sou exatamente um modelo de elegância e refinamento, fiquei um pouquinho chocado com a proposta.  Também não foi nenhum Deus nos acuda.  Só um pouquinho.
               
Mas, do ponto de vista da mobilização, o movimento ampliou o target de maneira indiscutível.  Agora é todo mundo podendo se envolver com a Moustache Season pela conscientização dos cuidados contra o câncer de próstata e o câncer nos testículos.
                    
E quero ver vocês todas aderindo ao projeto do dia 18 de novembro.  Vai ser uma loucura...

  

ps:  Tá cheio de filminho bacana de adesão ao Movember no perfil Movember Brazil (com z) no facebook.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Edição Extra 101 - Temporada de Bazar

Logo depois do papai morrer, mamãe inventou um Bazar que funcionava na garagem lá de casa, pra ajudar na construção da Igreja da Santíssima Trindade, ali na Pracinha Leonardo Gutierrez..  No início, devoção da mamãe, o Bazar era do Sagrado Coração.  Já no segundo ano, no natal de 72, a coisa tinha dado tão certo que o Bazar não cabia mais lá em casa, na sua sede original. 
                    
Na nova sede, o Bazar passou a ser de São Judas Tadeu.  Acho até que mamãe aceitou a mudança de bom grado, uma fez que criar nós sete, com papai ausente, tinha todo jeito de missão impossível, uma questão que só o novo padroeiro que tirava de letra.
                         
De lá pra cá, a turma dela da Igreja se esmera na produção do Bazar de Natal.  É cheio de bordados, panos de prato, essas coisas delicadas que só avó da gente sabe fazer.  Pois é: a turma dela é toda de avós da gente.
                    
Começou hoje de tarde.  É no Salão de Festas do Edifício Duque de Marselha, à Rua Oscar Trompwski, 581, no Gutierrez.  Fica entre as Ruas Herculano de Freitas e Ludgero Dolabela.  Vai ter exposição e venda de trabalhos manuais.
                          
Apareça para visitar as “meninas” e, de quebra, você ajuda as entidades carentes que são beneficiadas com os resultados do Bazar, que é patrocinado pela Nativa Biocosméticos.  Você vai ficar impressionado com o esmero e o refinamento das coisas que elas preparam.
                                 
E vá com os bolsos cheios, ça va sans dire.




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sexy - 194


Hoje, mal eu acordei, a Unimed já me taiou o sangue.  Sem que houvesse nenhuma orientação para o reajuste, minha mensalidade subiu quase 20%[1].  Fiquei uma onça.
                 
Deitei atrás de tudo que é legislação, passei a manhã toda procurando o povo de Direitos do Consumidor na Assembléia, estudei tudo que tinha na Anvisa sobre reajuste e fui pra Unimed cuspindo marimbondo.  Tivesse um concurso pra Ouvidoria na Anvisa, naquele momento eu me qualificaria em primeiro lugar, mole...  Tudo na pontinha da língua.
                  
Não deu outra.  Aliás, tudo o que deu foi outra.  Eu doido pra quebrar tudo e a atendente toda sorrisos.  Não tem nada que deixa a gente mais bravo do que encontrar um interlocutor cordial pela frente.  Só faltava eu dizer pra ela:
-  Minha filha, eu não vim aqui pra entender.  Eu vim aqui pra ter razão.
E rosnava mais do que o leão da Metro.
Porque vocês não tem direito de aumentar este tanto, isto está absurdamente acima do IPCA, que não tem cláusula do contrato que dê a vocês este direito de me extorquir desta maneira, ...
                        
Foi aí que eu prestei atenção, pela primeira vez, no sorriso angelical da atedente, que me dizia:
-  Meu senhor, o senhor mudou de faixa.  Agora o senhor tem 60 anos!
                  
Foi o que bastou.  Humilhado por alguns décimos de segundos, já comecei a pensar que não preciso mais entrar em fila de banco, já posso comprar ingresso com meia no teatro e cinema como se estudante fosse, que eu ia ter minha carteirinha de idoso pro ônibus... 
O mundo se desvelava pra mim, cheio de novas oportunidades.
                         
Desculpe, Unimed[2].  E obrigado por me lembrar que agora eu sou sexy.
                     
Çagenário, eu sei.  Mas sexy.



[1] Acho que nem chegou a 20%.  Mas como eu estava uma arara, acho melhor já ir aumentando de uma vez.  #Prontofalei.

[2] Mês que vem chega outra lapada.  Nesta quarta é a patroa, que entra no clube...


domingo, 6 de novembro de 2011

Edição Extra 100 - Gestão de Projeto

               
Este post vai especialmente para Zé Luiz da Silva, Ed Novaes e Fábia Zita.
                     
Falava com Márcio Lambert, outro dia.  Acho que foi no Noites Cariocas que Nelson Mota diz que tudo que ele fez na vida foi influenciado pela graduação na Escola Superior de Desenho Industrial.  É a visão de designer que permite a ele, em vez de olhar um projeto isolado, enxergar um conjunto integrado de eventos com um compromisso de resolver um problema.  Simples assim. 
Esta visão, até, é meio que um diferencial da NETi, a agência do Marcinho e do Vuru.
          
Movember encaixa igual luva nessa história.  Começa que tem um objetivo claro: ampliar a conscientização a respeito da saúde do homem, mais precisamente questões relacionadas ao câncer de próstata e nos testículos.  Segundo, quando criam uma associação forte em torno do bigode, típico do principal público alvo.
                  
E aí começa a força dos eventos paralelos, a cada ano com um tema pra manter a campanha sempre viva.  Este ano, a campanha fala sobre a vida in the wild.  Quer dizer, tudo girando em torno do lenhador style, uma figura refinadamente abrutalhada, mas sem perder a ternura (e nem a camisa xadrez).
         
                          

Por exemplo, tem um festival de cinema onde o personagem principal é alguém de bigode.  Nunca tinha me ocorrido que Piratas do Caribe poderia ser usado dentro deste clima.  Ou a comédia “O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy”.  Claro que é pura sacanagem.  Mas a idéia é fazer graça em torno do tema mesmo... Aliás, é por causa do “lenhador style” que o leão da Metro é substituído, na vinheta, por um coiote.
                  
O legal da história é que com uma série interminável de inventações de moda, o conceito vai ficando cada vez mais forte e a oportunidade de usar comunicação social como instrumento pra mudar comportamento em projetos sociais devia ser estudada de uma forma mais séria um cadinho.
                    
Acho que dá um belo de um estudo de caso.  Para o caso de meus amigos supracitados lá no início se interessarem, topo muito prolongar esta conversa...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Edição Extra 99 - Mais Movember


                
O buraco é muito mais embaixo do que me pareceu, à primeira vista.  Achava que era uma vibe meio fashion, brincadeira do Bernardo, coisa pra Alexandre Franco (meu personal stylist), amigos da Lisa, gente dishcolada.
            
Desde seu começo humilde em Melbourne, Austrália, em 2003, a coisa foi crescendo e hoje o movimento inspira mais de 1,1 milhão de Mo Bros e Mo Sistas[1] a participar formalmente em campanhas de sensibilização, conscientização e captação de recursos na Australia, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Finlândia, Holanda, Espanha, África do Sul e Irlanda.  Tem gente apoiando o projeto e a causa da saúde do homem da Rússia a Dubai, de Hong Kong à Antárctica, do Rio de Janeiro a Mumbai, e pra todo canto que estiver no meio.
                            
O propósito do Movember é trabalhar no sentido de mudar hábitos e atitudes estabelecidas dos homens a respeito de sua saúde, educar os homens com relação aos riscos que eles correm, para, através do conhecimento, aumentar as chances de cura com uma detecção precoce, diagnóstico e um tratamento efetivo
               
Brincando, brincando, a Moustache Foundation, já deu passos importantes no sentido de mudar as atitudes dos homens, mundo afora.  Mas ainda tem muito a ser feito.  Ainda é grande o preconceito quando se fala em exame de próstata, ainda é grande o riso nervoso e o medo da dedada,
Através do moustache, Movember pretende cumprir sua missão de gerar um permanente impacto na cara da saúde do homem, ampliando a conscientização dos problemas relacionados ao câncer de próstata e ao câncer nos testículos.
                
Estou adorando ter me envolvido com esta história…


[1] Moustache virou, na intimidade, Mo.  E a designação cabe para os meninos e as meninas que apóiam o movimento.