Um dia, do nada, aparece no meu quarto uma senhora. Com um ar tranquilo, cabelos amarrados em um rabo de cavalo, muito mais por facilidade que por boniteza. O óculos de aro de metal fino conferia serenidade àquele rosto suave. Trajava um jaleco azul claro, que denunciava que não era enfermeira do hospital.
Acho que chamava Luzia.
Perguntou pra mim:
- O senhor precisa de alguma coisa?
Fiquei olhando pra ela, meio sem entender. Claro que precisava.
Precisava de um rim novo que ajudasse Valente a fazer seu trabalho, precisava de um pijama maior, precisava de uma ambulância mais espaçosa, precisava de fazer cocô... Acho que a lista ia aumentando cada vez mais, quanto mais eu pensava a respeito.
Com a experiência de quem fazia aquilo de coração aberto, ela sacou de cara que eu precisava só de conversar. Como ela trazia uma bíblia na mão e um crucifixo no peito, me preparei para ela me fazer rezar a tarde inteira.
Não usou a palavra “religião” uma única vez.
Acho que chamava Luzia.
Perguntou pra mim:
- O senhor precisa de alguma coisa?
Fiquei olhando pra ela, meio sem entender. Claro que precisava.
Precisava de um rim novo que ajudasse Valente a fazer seu trabalho, precisava de um pijama maior, precisava de uma ambulância mais espaçosa, precisava de fazer cocô... Acho que a lista ia aumentando cada vez mais, quanto mais eu pensava a respeito.
Com a experiência de quem fazia aquilo de coração aberto, ela sacou de cara que eu precisava só de conversar. Como ela trazia uma bíblia na mão e um crucifixo no peito, me preparei para ela me fazer rezar a tarde inteira.
Não usou a palavra “religião” uma única vez.
Mas aí ficamos a tarde inteira falando sobre fé, esperança e caridade.
Fiquei impressionado como a visita fez efeito em mim. Ela era voluntária da Pastoral da Saúde. São pessoas que dedicam seu tempo para apoiar pacientes internados em hospitais. Ficava ali, disponível, pra tornar nossa vida melhorzinha.
Depois fiquei sabendo que Marília do Cuca e Luiza de Beto também faziam parte do trabalho. Mas acho que por minha proximidade eu acabei contaminando o trabalho delas. Cada vez que elas iam me visitar, eu acabava fazendo tanta bagunça, a gente ria tanto, que sempre vinha uma enfermeira pedir silêncio e acabar com nossa festa.
O efeito era impressionante. Minha vida ficava muito mais leve, depois da visita das pastorinhas...
Fiquei impressionado como a visita fez efeito em mim. Ela era voluntária da Pastoral da Saúde. São pessoas que dedicam seu tempo para apoiar pacientes internados em hospitais. Ficava ali, disponível, pra tornar nossa vida melhorzinha.
Depois fiquei sabendo que Marília do Cuca e Luiza de Beto também faziam parte do trabalho. Mas acho que por minha proximidade eu acabei contaminando o trabalho delas. Cada vez que elas iam me visitar, eu acabava fazendo tanta bagunça, a gente ria tanto, que sempre vinha uma enfermeira pedir silêncio e acabar com nossa festa.
O efeito era impressionante. Minha vida ficava muito mais leve, depois da visita das pastorinhas...