Já tô com uns 50 rins ofertados depois do último post. Alguns, da primeira hora, desde o dia que eu
fiz a operação, no dia 1º de setembro de 2009. Gente que, do nada, ficaria feliz em me dar um
pedaço de suas vidas pra eu levar a minha mais suavemente.
Diogo, meu filho-homem,
chegou cheio de rodeios, perguntando se eu já estava liberado para exames de
compatibilidade. Lisa, a que me aplicou
no Richarlyson,
fingindo um jeito blasé incompatível com a novidade, me falava, na mensagem do
celular:
- Massaroca, pc. Eu até animo de ver se sou compatível com você.
Como se a gente estivesse falando da coisa mais banal do
mundo.
Tudo bem. Isto é um
assunto que nós vamos discutir depois de setembro, se meus exames de controle
forem bonitinhos igual têm sido até agora. Mas para mim é claro que eu vou contar com transplante de cadáver.
Guguta, meu personal
proctologist[1],
me descascou. Veio com o discurso médico
pré-parado, dizendo que, sendo prático, isto significava que eu iria lá pro 9
mil e cacetadésimo lugar na fila. E que
eu não tinha o direito de negar a quem me ama a chance de me garantir o direito
à felicidade e blábláblá...
Falei com ele: Já
discuti isto tudo com meus médicos. Não
estou negociando com você. Estou
informando que decidi isto.
Meio que querendo encerrar, Guguta bateu o martelo:
- A gente ainda vai
ter muito tempo pra pensar nisto.
Nem dei bola. Neste
momento, estou mais em lua de mel com o comportamento do Valente. De qualquer forma, fazer o transplante
inter-vivos vai só me poupar uns (poucos) meses de hemodiálise. Não tenho dúvida que vou esperar um pouquinho,
sem precisar tirar um rim de alguém.
Tá tudo dando muito certo!
[1] A
quem eu sou gato por ter me aplicado no Metamucil
2 comentários:
Apesar de você não querer, pode me incluir nas pessoas que estão disposta a doar um rim, se for possível
Eu sei, Nandão.
Mas rapidinho aparece alguém que não precisa mais dele...
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