quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Dono da bola - 176



A vida toda a gente sempre teve problemas, digamos assim, de conformidade, com os meninos.
Toda hora um de nós dois era chamado nas escolas porque algum(s) dele(s) estava(m) causando problemas.

Quase sempre[1], era problema do ponto de vista da escola, que preferia que nossos meninos fossem mais  comportadinhos.
Da nossa parte, nós sempre fizemos questão de cobrar da escola que orientasse sem castrar os meninos.  A gente nunca queria vê-los tranformados em bois de presépio.

Lembro de uma vez o Promove brigando comigo porque a Ciça tinha uma “atenção multiorientada”[2], e que ninguém conseguia merecer a atenção dela por muito tempo.
E a mulher lá, incomodada com minha cara de satisfeito, dizendo pra ela que caberia ao professor oferecer informação importante o suficiente pra atrair a atenção dela.  E que eu, da minha parte, ficava muito orgulhoso de conseguir estimular ela a focar sempre no que fosse mais importante.  A pobrezinha da orientadora acabou achando que, além da Ciça, EU também era meio problema.
Acho que não é a toa que todo mundo aqui em casa é bom de produção...

Minha paixão pelo CLIC, a escolinha do Tomás, vem daí também.  Eles lá estão sempre estimulando cada um a assumir seu papel de protagonista, em vez de ficar lá, feito um 2 de paus, obedecendo.

O efeito colateral é que Tomás deixa todo mundo quase doido no Meu Sítio[3].  É alguém falar qualquer coisa e a gente escuta a vozinha dele:
-  Deixa comigo, vô!
Alguém fecha a porteira, senão a vaquinha foge!
-  Deixa comigo, vó!
Seu Adílio, sela a Quênia, por favor, que eu quero dar uma volta!
-  Deixa comigo, gente!

O menino perdeu completamente a noção do perigo. 
Tudo agora é com ele.
Eu levo cada susto, que você não faz idéia.



[1] Eu diria até 99,999% das vezes, pra não parecer tendencioso, ...

[2] Adorei o termo usado pela pedagoga ...

[3] Fazenda, vovô!

8 comentários:

shikida disse...

eu tenho a teoria de que gente que nasce em casa de gente inteligente tem mais chances de ficar inteligente também por osmose ;-)

PC disse...

Tomás bate o mó bolão, Leo.
Mais que eu e Diogo juntos.

Laura Martins disse...

Adorei a resposta que vc deu à "pedagoga". Pena que a maioria dos papais e das mamães não tem condição de perceber a falácia desses argumentos, cada vez mais generalizados nas escolas. Preferem acreditar na suposta doença dos filhos. Beijos!

PC disse...

Eu lá, falando com ela:
Minha fia, isto é tudo que eu peço a Deus!
E ela:
Como assim?

Se dependesse dessa mulher, você e eu não saíamos de casa, Laura

Nando disse...

GALOOOOOOO!

PC disse...

O cabelo do Tomás está igual ao Rei, esses dias,

Anônimo disse...

Belgica voltando com tudo no ranking dos paises que mais visitam o blog!!!! Bjos de Zico, Flavinha, Enzo e Nicole!1

PC disse...

Zico, casado com minha prima Flavinha da Olímpia, falou igual o Tomás:
- Deixa comigo, César!