terça-feira, 30 de agosto de 2011

Desculpe, foi engano - 182



E por falar em Tomás, uma sexta destas a gente foi, nós todos, jantar no Hemengarda, um restaurante bacaninha, de um amigo do Diogo dos tempos de faculdade.

Comida refinada, ambiente agradabilíssimo, um cantinho a meia luz, vinho fantástico, tudo correndo às mil maravilhas.  Uns casaizinhos nos cantos arrulhando juras de amor adequadas pro ambiente quando Tomás, apavorado grita, numa altura incompatível com o local, a hora e o ambiente:
-  Papai, cocô!

Constrangimento geral, o restaurante inteiro nos fuzilando com os olhos, uns olhares cúmplices e outros fazendo questão de recriminar a reprovável educação que o pequeno ogro recebera.

Diogo atravessou todo o restaurante, cabisbaixo, com Tomás, aflito, pedindo pra ir mais rápido. 
-  Depressa, papai.
Uma jovem senhora, mais afetada, chegou a se esquivar quando o menino passou ao lado da mesa dela.  Imagino que temendo que um respingo pudesse estragar sua noite, que, como a nossa há pouquíssimo tempo atrás, prometia ser divina.

Passado um tempo, um pouco longo demais pra ser xixi, mas um pouco rápido demais, também, para o que a situação parecia exigir, Tomás aparece com um sorriso lindo no rosto, gritando da outra ponta do restaurante:

-  Foi só pum!

E cruzou o salão, todo cheio de si...


3 comentários:

shikida disse...

bom saber que o Hemengarda é de conhecido de conhecido. Trabalho a meia quadra dele, vou aproveitar prá pedir um desconto ;-)

free the pum! ;-)

PC disse...

Free the pum, Léo!

shikida disse...

http://kenjiria.blogspot.com/2011/08/set-it-free.html

:-)