terça-feira, 5 de abril de 2011

O bonde do Tomás - 155



Parecia que o Clic ia mudar para o Meu Sítio.  A gente convidou os coleguinhas do Tomás para uma quebradeira e o Chico, o Lucca e a Bia, três dos melhores amigos dele, toparam.
E ainda faltou o Pedro e a Nina e o João e o Lucas e a Julie e a ...

Na sexta feira, eu, Diogo e Carol despencamos pro Meu Sítio pra deixar as coisas todas em ponto de bala.  Chegando lá, fruto da virada térmica eu acho, a piscina estava que era pura alga.  
Verdinha, verdinha...  Um desastre.
Ainda bem que a gente foi na sexta.  E toca a jogar cloro, algicida, tudo pra receber a tchurma com tapete vermelho, comme il fallait.

No sábado, quando o sol mal tinha nascido, um friozinho gostoso de pós-chuva de outono, Tomás bate no quarto do Diogo:
-  Pai, eles ainda não chegaram!
Uma ansiedade só. O dia não passava.  Qualquer barulhinho de carro fazia Tomás correr pra porta, imaginando os amigos que poderiam chegar a qualquer hora.
Acho que nesse dia Tomás entendeu o que quer dizer eternidade.  Os meninos devem ter chegado intermináveis par de horas depois do café...  Uma vida mais tarde.

Mas aí foi uma festa.  Pais e mães cheios de mesuras e Tomás e os amigos correndo pela casa, incansáveis.  Não pararam um minuto.

Apesar das fotos servirem como um depoimento relevante a meu favor[1], o timming da visita foi um fracasso.  Olha pra você ver: 

1.  Os pais do Lucca tinham que voltar no domingo de manhã.  A gente nadou na piscina com um verde clarinho o sábado todo.  No domingo de manhã, ela estava trincando de linda.  Eles aproveitaram pouco mais de meia hora.


2.  O sábado, muito excitados com a visita, foi reservado só pra correria.  Quando finalmente chegou a hora de passear com os cavalos, chegou junto a hora de mamãe e papai quererem voltar pra BH.  Os meninos, claro, ficaram tristinhos.
3.  Sem contar que, na véspera, a sauna acabou sendo ligada mais tarde e só ficou boa mesmo, quando o jantar começou a ser servido.

Único timming que deu certo[2]:  a Bia, a rainha do coração dos três amigos, só pode ir no domingo.  Como resultado, Tomás reinou absoluto no pedaço.


E o engraçado da história é como esse mundo é mesmo uma azeitona.  Acho até que conto esta história, qualquer dia.
Ocorre que o bisavô da Bia, o velho Odilon Behrens[3], era muito tímido.  Não tinha coragem de pedir ao sogro pra namorar com a filha dele.  Pra encurtar a história, não fosse vovô Cantídio ter assumido pra si a responsabilidade, nem a Bia nem a mãe da Bia existiriam, se é que você me entende.  Foi vovô quem escreveu a carta ao sogro em potencial, pedindo a mão, em nome do amigo.
Virou uma farra.  Luciana, mãe da Bia, ria, emocionada, todo mundo gritando, uma festa só.

Nós nunca rimos tanto no final de semana.
Menos Tomás, que, como você já viu antes aqui n’A Saga, ficava triste e chorava quando os amigos iam embora.

Tomás já quer promover um segundo evento, mas sem faltar ninguém desta vez.  
Aí sim, vocês vão ver o que é um bonde profissa de verdade...



[1]  É que eu sou o Diretor de Entretenimento e Lazer da Meu Sítio Inc.

[2]   Do ponto de vista do Tomás, claro.

[3]   Ele mesmo, o hospital em pessoa.
 
  
ps:  Só vi agora.  De tão feliz, Tomás recebeu a Bia de cueca.
Né folgado não, viu, eu quem sou... !!!

6 comentários:

Sakana-san disse...

Mas momentos felizes, enfim... E pq vc mandou eu me foder? :P

PC disse...

Foi pura felicidade, principalmente pro Diogo.
A questão alí era o foda-se libertador. Quando não tem jeito, aperte o botão.

Sakana-san disse...

Ahhhh baum, risos! Meu coração se sentiu magoado, ahahah! E até semana qu vem eu te envio alguma guloseima, I promisse you!

Unknown disse...

Sensacional

PC disse...

Você é mimada, Sakana.
Sempre falei isto.
Beijos. Tô de tocaia, esperando...

PC disse...

Você perdeu, tio Cris.
Diogo virou um pé de couve, na frente da Bia...