sábado, 12 de maio de 2012

Mães, só tem uma

Tomate foi minha colega no Estadual da Serra.  Era, de longe, a mais bonita do pedaço.  Só que, além disto, era filha de Dona Marita, a diretora, o que fazia dela a mais inalcançável das garotas da sala.  O que, pra nós, não significava blicas...  Eu e mais uma quantidade imensa de gente éramos apaixonados por ela. 

Depois a gente nunca mais se separou.  Fomos pro Estadual Central, ela estava no meu casamento, nossos filhos estudaram juntos e por absoluta obra do acaso trabalhamos juntos, eu e o pai dos meninos.  Cada vez que eu estou com ela, parece que a gente se encontrou ontem no final da tarde.


Hoje ela falou de ser mãe.  Acho que vocês todas falariam algo parecido.  Olha só:


“Meu primeiro filho chegou quando eu tinha 7 anos. Era um boneco lindo de olhos azuis e que cabia direitinho nos meus braços de menina. Não sei por que dei a ele o nome de Bebê.


Passou o tempo, mudei de casa, de cidade, de profissão e de es-tado civil. E o Bebê sempre por perto: às vezes, esquecido num fundo de armário ou dentro de uma caixa com coisas do passado.


Sempre quis ser mãe. E confesso: já casei pensando nos filhos que um dia teria. E não é que eles vieram rapidinho?


Fui uma grávida de vestidos alegres. Tomava banhos demorados para sentir a barriga e os seios fartos. Desenhei e mandei fazer camisolas coloridas e cheias de flores para ir para a maternidade. Uma enfermeira comentou: “ essa mãe parece que veio de férias para um hotel”. Morri de rir!


Esperei e me preparei com imensa alegria para a chegada de meus filhos. Fazia ultra som de olhos fechados e pedia ao médico que não me falasse o sexo dos meus filhos. Queria surpresa!!!


E eles chegaram de parto normal, fazendo um enorme bué! Francisco (nome escolhido quando eu era menina) nasceu no dia 8 de setembro de 1979. Gabriel veio ao mundo em 1 de outubro de 1982.


Estão grandinhos, portanto. São filhos, filhotes, filhinhos sempre. 
E o Bebê? Vai muito bem, obrigada. Atualmente, vive numa gaveta e usa o primeiro macacão que o Chico vestiu.


Rosangela Guerra”


Fala se eu não tinha razão de ser doido com esta menina.  Fala?...

4 comentários:

Laura Martins disse...

Tinha e tem toda a razão, rapaz!! Abração

PC disse...

Tomate é um doce, Laurinha.
Vejo o sentimento dela em um punhado de amiga minha mãe.

Francisco disse...

Essa moça tem um primo bravo pra capeta. Cuidado!

PC disse...

Por ela, eu topo qualquer briga, Francisco.
Abraço.