Depois a gente nunca mais se separou. Fomos pro Estadual Central, ela estava no meu casamento, nossos filhos estudaram juntos e por absoluta obra do acaso trabalhamos juntos, eu e o pai dos meninos. Cada vez que eu estou com ela, parece que a gente se encontrou ontem no final da tarde.
Hoje ela falou de ser mãe. Acho que vocês todas falariam algo parecido. Olha só:
“Meu primeiro filho chegou quando eu tinha 7 anos. Era um boneco lindo de olhos azuis e que cabia direitinho nos meus braços de menina. Não sei por que dei a ele o nome de Bebê.
Passou o tempo, mudei de casa, de cidade, de profissão e de es-tado civil. E o Bebê sempre por perto: às vezes, esquecido num fundo de armário ou dentro de uma caixa com coisas do passado.
Sempre quis ser mãe. E confesso: já casei pensando nos filhos que um dia teria. E não é que eles vieram rapidinho?
Fui uma grávida de vestidos alegres. Tomava banhos demorados para sentir a barriga e os seios fartos. Desenhei e mandei fazer camisolas coloridas e cheias de flores para ir para a maternidade. Uma enfermeira comentou: “ essa mãe parece que veio de férias para um hotel”. Morri de rir!
Esperei e me preparei com imensa alegria para a chegada de meus filhos. Fazia ultra som de olhos fechados e pedia ao médico que não me falasse o sexo dos meus filhos. Queria surpresa!!!
E eles chegaram de parto normal, fazendo um enorme bué! Francisco (nome escolhido quando eu era menina) nasceu no dia 8 de setembro de 1979. Gabriel veio ao mundo em 1 de outubro de 1982.
Estão grandinhos, portanto. São filhos, filhotes, filhinhos sempre.
E o Bebê? Vai muito bem, obrigada. Atualmente, vive numa gaveta e usa o primeiro macacão que o Chico vestiu.
Rosangela Guerra”
Fala se eu não tinha razão de ser doido com esta menina. Fala?...
4 comentários:
Tinha e tem toda a razão, rapaz!! Abração
Tomate é um doce, Laurinha.
Vejo o sentimento dela em um punhado de amiga minha mãe.
Essa moça tem um primo bravo pra capeta. Cuidado!
Por ela, eu topo qualquer briga, Francisco.
Abraço.
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