Já falei aqui, algumas vezes, do orgulho com o qual carrego a pecha de mentiroso contumaz. Acima de tudo, eu gosto mesmo é de contar histórias. E acontece com frequência que no desenrolar (da história), eu fico meio que possuído por um cavalo que assume o rumo da prosa pra onde melhor lhe apraz.
Com freqüência, a versão final foge um pouco[1] do compromisso com a verdade, o que não deixa de, só por isto, ficar interessante. Acostumei (a mim e a quem eu conto) a considerar como muito mais rico e importante a história do que só, miseravelmente, a verdade, pura e simples.
Cris da Ciça me trouxe esta foto do Meu Sítio. Ela cabe em qualquer história que eu quiser rechear na cabeça do Tomás.
Cabe em história de terror, pouco antes da bruxa aparecer. Cabe em história ecológica, onde o saci pererê escolheu pra morar. Cabe em história de esperança, pra contar histórias pra suas pessoas amadas.
Legal que Tomás com seus quatro anos, já desenvolveu a complacência necessária pra minha compulsão de mentiroso.
Quando eu engato uma história improvável (mas nem por isto mentirosa, pura e simplesmente), ele ri pra mim e fala:
- Brincadeira, né, vô?
E dana, ele mesmo, a repetir a história, morrendo de rir, me citando como testemunha.
[1] Às vezes, muito...
12 comentários:
Êsse povo de Virginópolis e Guanhães é tudo contador de causos.
Grande Abraço
sempre desconfiei dessa "licença poética" quando ouvia suas histórias... hehehehehe
Mas mentiroso, nunca, Claudinho
Adorei o licença poética, Elzinha.
É porque vc precisa colocar o seu tempero nos casos contados por vc. E por isto eles ficam melhores a cada temperinho novo. rssssss
Ô Chicó, quer dizer, Paulim, a grande sacada é viajar no que deveria ser...
Abs.
Que tempero, Márcia?
Pra contar mentira, a gente começa com sopa de pedra...
Deveria ser, ou deveria não ser, Tiago.
This is the question.
Ainda bem que vc tem o Tomás p/ te escutar e não corre o risco de perguntar __ quem falou isto? e ai a resposta só poderia ser : __ o pai da minha colega..... Agora vou contar histórias p/ o Tomás.....
Nem brinca, Flavinha...
então vou contar uma outra história: tem um livro aqui em casa, recém chegado, chamado "ansiedade de informação 2". tenho prazo de 1 mês para devolver.......
Mentiroso, fédasunha!
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