Quem passou o dia dos
namorados sem companhia pode bem se apegar com este daqui. Tem um tanto de simpatia que liga Santo Antônio
aos que amam. A mais punk delas recomenda que se separe o Menino
Jesus que está nos braços de Santo Antônio e se ameace o santinho dizendo que, enquanto
ele não trouxer uma pessoa amada para você, também não terá o pequeno de volta.
Precisa ser muito sem loção, como diz
minha Bonequinha de Porcelana, pra tamanha ousadia com o santo.
Eu sei que uma vez fiz uma
bandeira de Santo Antônio pro Meu Sítio e, no ano seguinte, Diogo e Carol se
casaram. No outro, foi a vez de Regina,
minha irmã.
Mesmo se você não tiver fé,
melhor não se atrever...
Aqui em casa, dia 13 de junho
marca o início das festas juninas e também é aniversário do Diogo. Diogo, claro, Antônio, na melhor tradição de
Minas Gerais. O que, ao longo de seus trinta
e uns anos, gerou divertidíssimas festas juninas na família. Era sempre quentão, quadrilha, música de São
João, sombrancelha de rolha queimada, calça remendada, uma festa só.
Nos últimos tempos, tem sido
um motivo ótimo pra gente encher o Meu Sítio com os amigos dos meninos. Eles mesmos organizam. Quem quer, leva barraca. Quem quer, fica no hotelzinho da cidade. Quem quer se amontoa em colchões espalhados
pelos quartos. Acho que a coisa virou moda com esta moçada. A gente entra com a comida e eles levam bebida
e alegria. Domingo passado, Dona Maria
fez uma galinhada com um punhado de legítimas caipiras. Foi farra que durou o final de semana todo.
Eu até me lembrei de uma história
que você vai achar que foi coisa de Tomás. É que Diogo levava tão a sério a liturgia
da (sua) data que houve uma época em que ficou meio pavlovianamente condicionado. Qualquer aniversário de coleguinha dele,
fosse em novembro ou fevereiro, o menino fazia questão de se vestir a caráter e
nos obrigava sempre a intermináveis e cansativas negociações.
- Mas é aniversário... tem que vestir de jeca!
Fala se Tomás não tem a quem
puxar... Fala?